quinta-feira, 8 de abril de 2010

Reality Shows

Agora vou começar a colocar enquetes (do lado direito da página) sobre os temas dos textos. Acho que isso pode ser interessante para o blog. Aproveite e responda à enquete sobre reality shows!!! Desta vez, é possível selecionar mais de uma opção.

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A enquete referente ao texto anterior, sobre a Geisy Arruda, teve o seguinte resultado:
Geisy Arruda estava vestida adequadamente para ir à Faculdade?
Não - 64%
Poderia ser melhor - 54%
Sim - 9%

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Esse texto foi publicado nas primeiras edições de 2010 do Jornal Bairro em Foco. Confira!
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Formatos diferentes. A mesma fixação: comportamento alheio.

Começo de ano, férias de funcionários, e as emissoras de TV lotam suas programações com “reality shows”. Atrações que pretendem chamar a atenção explorando o comportamento real de indivíduos frente aos mais diferentes desafios, sempre em busca de algum prêmio em dinheiro.

O mais bem sucedido programa do gênero, obviamente é o Big Brother Brasil, em sua décima versão na Rede Globo. Todos já sabem que os participantes ficam durante meses numa casa, votam uns nos outros para o “paredão”, onde o público elege semanalmente quem deve sair do jogo. Quem permanecer mais tempo leva um prêmio milionário.

As armações, intrigas, amizades e romances são apenas ingredientes do que se dedica a ser uma espécie de novela da vida real. E como o brasileiro tem o hábito de futricar a vida alheia, o formato da atração tem feito sucesso todos os anos. Sem contar o apelo sexual de participantes, em sua maioria, saídos de catálogos de agências de modelos. O que causa dúvida é a possível manipulação da opinião popular, já que a imensa maioria das pessoas (por motivos óbvios) não acompanha o programa 24h por dia. Fica a cargo de um resumo diário, editado pela própria emissora, a missão de transmitir a suposta realidade do jogo. Com isso, alguns participantes se tornam heróis e outros, de maneira inversamente proporcional, vilões. E bem sabemos que uma vez editadas, as imagens podem nos levar a conclusões equivocadas.

Em contrapartida, com menos glamour, porém bem mais intrigante, o SBT apresenta “Solitários”. No programa, 9 pessoas tem de ficar 20 dias confinados em uma pequena cabine, sem contato com o mundo externo e sequer uns com os outros. Eles passam por provas que vão testar suas habilidades e dificuldades individuais, os elevando até o limite das forças física e mental. Da mesma forma que o BBB, neste jogo o último a sair também é o vencedor. Contudo, leva para a casa um prêmio pequeno se comparado à recompensa da atração global: R$ 50mil.

Se um “reality show” se propõe a ser uma espécie de laboratório de observação do comportamento humano, os testes de “Solitários” me parecem muito mais interessantes do que as já manjadas táticas dos BBB’s. Está certo que a edição de imagens do SBT também pode mudar o que deveria ser real. Mas é melhor ser mero espectador de um jogo empolgante, do que ter a falsa sensação de interatividade do Big Brother, e me sentir manipulado pelas edições de imagens. No que depender de mim, nessa briga o BBB fica cada dia mais sozinho, enquanto faço companhia aos solitários do SBT.

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